Qualificar médicos na área da cardiologia para especialização no atendimento ambulatorial e hospitalar dos pacientes com insuficiência cardíaca avançada, ressaltando os aspectos preventivos, diagnósticos e o tratamento clínico-cirúrgico, enfatizando a necessidade de transplante de coração e de um entrosamento com outros profissionais e especialistas envolvidos no atendimento dos pacientes.
Preparar profissionais capazes de conduzir levantamento de dados, analisar e procurar soluções para os problemas da assistência médica ao cardíaco na área de atuação, empregando métodos atuais de epidemiologia clínica.
Ao final de um ano o cardiologista deverá ter conhecimento sobre:
– etiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento de todas as formas de insuficiência cardíaca;
– interpretação dos exames complementares, que auxiliam na decisão da conduta frente ao paciente com insuficiência cardíaca, como: radiologia, eletrocardiografia, cateterismo cardíaco, ecocardiografia, teste cardiopulmonar, imunologia, tomografia e ressonância magnética;
– indicação do momento ideal para transplante de coração;
– tratamento das complicações mais frequentes após o transplante de coração;
– seguimento clínico do paciente no pré e pós-operatório;
– controle da anticoagulação dos pacientes com fibrilação atrial ou prótese valvar
– como realizar um trabalho original.
Coordenador
Dr. João Manoel Rossi Neto
Vice-Coordenador
Dr. Marco Aurélio Finger
Corpo Docente
Dr. João Manoel Rossi Neto – cardiologia
Dr. Marco Aurélio Finger – cardiologia
Dra. Carolina Casadei – cardiologia
Número de vagas: | 2 (duas) |
Duração do curso: | 1 (um) ano |
Carga horária total: | 1060 horas |
Carga prática/teórica: | 848 horas / 212 horas |
Pré-Requisitos: | 2 (dois) anos de residência em cardiologia clínica em Instituição credenciada pelo MEC ou pela SBC. |
Critérios de seleção: | Prova, Análise do Curriculum Vitae e entrevista |
O curso será divido em:
– atividades hospitalares (pré e pós-intervenções cirúrgicas, clínicas e infecciosas); atividades práticas e teóricas;
– ambulatoriais (pré e pós-intervenções cirúrgicas, clínicas e anticoagulação); atividades práticas e teóricas;
– pesquisa relacionada à insuficiência cardíaca.
Hospital:
– Atividade prática: O setor de Transplante de Coração tem cerca de 12 pacientes internados, 2 novas internações/semanas, 2 altas/semana e os procedimentos cirúrgicos para Transplante não tem data marcada, acontecendo na disponibilidade de doadores compatíveis. Participará das atividades hospitalares que correspondem a: visita diária, supervisão do R1, unidade de terapia intensiva e emergência, admissão, acompanhamento e assistência aos pacientes com disfunção ventricular e aqueles em pré e pós transplante de coração, discussão e apresentação de casos da enfermaria.
– Atividade teórica: Discussão de casos clínicos, discussão de artigos, aulas teóricas ministradas e participação nos fóruns/reuniões do setor.
– Atividade científica: Elaboração de pelo menos um trabalho de pesquisa original para apresentação no Congresso e publicação em revista científica, ou revisão bibliográfica de um tema escolhido.
Ambulatório:
– Atividade prática: O setor de Transplante de Coração atende cerca de 20 pacientes/dia, pré e pós-operatório, com as mais diversas patologias cardíacas. O R3 participará das atividades do ambulatório. Participará das atividades da OPO para conhecimento da legislação e preceitos éticos no processo de captação e doação de órgãos até o transplante, avaliação, manutenção e seleção de potenciais doadores de coração. Hemodinâmica – acompanhamento dos pacientes que necessitam de CATE, MANOMETRIA ou BIÓPSIAS pré e pós TX. Avaliação do esquema de imunossupressão e suas complicações. Exames complementares: Ergometria/Reabilitação – Teste Cardiopulmonar, Medicina Nuclear, Ressonância Magnética e Tomografia, Laboratório Anatomia Patológica e Interpretação de Laudos
– Atividade teórica: O R3 fica responsável pela escolha dos artigos e supervisão dos artigos de revista e dos casos a serem apresentados na reunião Geral do Setor de Transplante de Coração.
Atividade científica:
– Preparação de pelo menos um trabalho de pesquisa original para apresentação no Congresso da SOCESP ou da SBC, ou revisão bibliográfica de um tema escolhido e posterior publicação.
R3: A, B
março/ abril | maio/junho | julho/ ago | set/ out | nov/dez | jan/fev | |
Ambulatório | A | B | A | B | A | B |
Hospital | B | A | B | A | B | A |
Férias | (30 dias – a definir) |
O programa de ano adicional em Transplante Cardíaco é um programa de ensino integrado e especializado na fisiopatologia e tratamento da insuficiência cardíaca e transplante de coração. No final deste ano, o estagiário irá:
– Receber treinamento intensivo em gestão de todas as etiologias da disfunção ventricular.
– Aprender a gerenciar os pacientes com insuficiência cardíaca em todo o espectro clínico de insuficiência cardíaca ambulatorial até a mais grave, como a insuficiência cardíaca refratária aos tratamentos.
– Conhecer novas abordagens da terapia da insuficiência cardíaca, incluindo, mas não limitado a novos inotrópicos, agentes vasodilatadores e diuréticos; dispositivos de assistência circulatória mecânica e terapias cirúrgicas como a revascularização, o reparo/substituição da válvula e a reconstrução ventricular.
– Ter um entendimento completo dos conhecimentos da literatura atual na insuficiência cardíaca, incluindo as diretrizes nacionais e internacionais para o diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca crônica no adulto.
O estagiário irá receber ainda formação avançada/experiência no cuidado do paciente de transplante de coração, incluindo:
– Seleção de candidatos
– Avaliação e manutenção de possíveis doadores
– Fisiologia do coração transplantado, imunologia e imunossupressão, cuidado no pós-operatório imediato e os cuidados a longo prazo, incluindo o manejo das complicações pós-transplante.
– Avaliar os resultados das biópsias de coração para monitorar rejeição.
– Conhecimento da imunologia geral e do transplante cardíaco conforme descrito na Diretriz de Transplante de Coração da Sociedade Brasileira de Cardiologia e das principais diretrizes internacionais
Os métodos de ensino incluem tanto o método direto tutorial como o método didático com cardiologistas com experiência em insuficiência cardíaca/transplante cardíaco.
Durante o estágio, o estagiário deverá participar de projeto(s) de investigação clínica em curso ou prosseguir com um projeto original.
Dr. João Manoel Rossi Neto
Para mais informações, envie um e-mail para ceap@idpc.org.br